Há alguns momentos em que você se depara com sentimentos e pensamentos que não gostaria de ter. Pode se pegar pensando demais em coisas ruins, sentir angústia, tristeza, muita ansiedade, medo, preocupação, raiva, sensação de fracasso, impotência, desânimo, agitação ou cansaço frequentes. Há momentos em que sua cabeça não tem descanso e outros em que tudo o que você gostaria era de “sumir”… É muito comum que as pessoas não percebam o que está acontecendo, entregando-se a uma sensação de mal-estar, que não sabem de onde vem. Às vezes, o trabalho ou uma relação é tão estressante que a sensação é de que não há o que se possa fazer para mudar a situação. Outras vezes, a rotina desanima tanto, que é necessário um grande desgaste de energia para que se possa levantar da cama e cumprir as obrigações diárias…
No entanto, poucas pessoas conseguem parar para pensar sobre o que está acontecendo e são “tomadas” por estes sentimentos. A maior parte termina empregando grande energia emocional para continuar suportando as situações de desgaste, e acaba, muitas vezes, sofrendo de transtornos, como ansiedade generalizada, depressão, fobias, crises de pânico e outros.
Você já reparou que, muitas vezes, ao procurarmos um amigo ou alguém para nos ouvir, esta pessoa acaba falando sobre seus próprios problemas e, às vezes, até mesmo sem intenção, minimizando o seu sofrimento? Há ainda os casos em que se procuram pessoas para aconselhar-nos e, depois da “conversa” a sensação de piora aumenta, devido à “obrigação” de termos que fazer o que foi dito…
Pois bem, muitas pessoas já pensaram em procurar um psicólogo, mas acabam esbarrando em algumas questões como “o que vou fazer lá?” ou regras como “preciso dar conta de meu próprio sofrimento”. Infelizmente, ainda hoje existe o preconceito em falar que foi necessária a busca pela ajuda profissional, pois admitir significaria “fraqueza” ou atestar que realmente “há algo errado comigo”. Na verdade, a falta de conhecimento sobre si próprio é o que realmente causa conflitos que levam ao sofrimento e à estagnação, pois para que ocorram melhoras, é necessário se permitir mudanças. Dificilmente, na “correria” do dia-a-dia temos a chance de parar para pensar sobre o que está faltando em nossas vidas, como “o que posso fazer para mudar o que me desagrada” ou “o que tenho feito para e por mim nos últimos tempos”…
Engana-se quem pensa que terapia é só autoconhecimento ou que buscar um psicólogo significa ter alguém por perto para dar conselhos. Fazer terapia significa, sobretudo, aprender novos comportamentos e implicar-se em mudanças, que resultem em uma vida de mais qualidade e menos sofrimento. Por meio dos procedimentos empregados no consultório terapêutico, é possível aprender a identificar os pensamentos e comportamentos que estão resultando em sofrimento e experimentar formas alternativas de lidar com as situações, com a vantagem de poder errar e acertar, livre de julgamentos ou punições. Os sentimentos (que são únicos e, portanto valiosos) são respeitados e considerados e, neste momento, toda a atenção está focada em você, para que o psicólogo clínico possa auxiliar na compreensão de seu funcionamento interno, o que oportuniza, de fato, o treino conjunto de mudança de comportamentos.
Desta forma, o paciente é agente da modificação e não apenas alguém que só fala ou recebe orientações, o que faz toda a diferença, uma vez que, em nosso cotidiano, somos responsáveis pelas nossas escolhas e estas, pela nossa felicidade!
Tatiana Berta
Psicóloga e Psicoterapeuta Comportamental e Cognitiva
CRP Principal (06/93349)
CRP RS (07/20139)
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O conteúdo do artigo é informativo e não substitui a consulta com um Psicólogo.