Assertivo, Passivo ou Agressivo: qual é meu padrão?

Há muito tempo, estudiosos tentam compreender e explicar as diferenças entre padrões comportamentais como forma de auxílio no autoconhecimento e favorecimento do aprendizado de novas habilidades de inserção social.

A expressão adequada dos sentimentos pode favorecer consequências importantes. Uma forma muito prática de reconhecer quando um comportamento é assertivo é observar se o tipo de resposta que se procura em determinada interação está em acordo com o propósito. Diante de uma situação social, atitudes agressivas ou passivas são aquelas que produzem perdas ou dificuldades, enquanto uma atitude assertiva garante a produção, o aumento ou a manutenção do que se espera receber.

Alguns estudos apontam que os diferentes padrões podem ser avaliados como agradáveis/desagradáveis, simpáticos/antipáticos, passíveis ou não de serem seguidos, justos/injustos, amigáveis/não amigáveis, entre outros. A “aprovação” social é busca incansável de muitos, chegando, até mesmo, a vir acompanhada de quadros de sofrimento intenso, a partir da evitação de vivências que sinalizam possibilidades de frustração, como ocorre em alguns estados fóbicos. O fato é que ninguém nasce tímido, inseguro, reativo ou “impulsivo”, dentre outras possíveis “qualificações”. O que nos molda, em nossa incrível plasticidade, é a aprendizagem que selecionamos a partir da vivência das situações a que somos expostos no decorrer de nossas vidas.

O que é considerado como assertivo para um indivíduo pode não ser para outro. Há diversos modelos com exemplos de atitudes práticas para auxiliar na compreensão e treino de padrões mais assertivos. No entanto,  o que verdadeiramente ajuda neste objetivo é observar-se, procurando aceitar com generosidade os valores que adquirimos no decorrer de nossas vidas para que, a partir deles, sejam treinadas as mudanças na busca de mais saúde e qualidade de vida.

Bibliografia:

Marchezini-Cunha, Vívian, & Tourinho, Emmanuel Zagury. (2010). Assertividade e autocontrole: interpretação analítico-comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa26(2), 295-304.

 

*Tatiana Berta Otero (CRP 06/93349)

Psicóloga Clínica com especialização em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP), Mestre em Ciências da Saúde (Saúde Coletiva – Escola Paulista de Medicina/UNIFESP)