Castigo ou Consequência: a importância de compreender a diferença

     Podemos entender comportamento também como a relação que estabelecemos com o meio em que vivemos. Quando se espera que determinado comportamento diminua em frequência, a melhor forma é retirar a apresentação dos reforços que determinam a repetição deste, ou seja: se antes ao chorar, a mãe cedia às vontades da criança, torna-se necessário que este choro (neste exemplo com função de obtenção de alguma atitude específica da mãe, como o recebimento da atenção,  seja  consequenciado, de maneira a facilitar novos aprendizados. Quanto mais nova a criança, mais imediata precisa ser a consequência recebida.

  Funcionamos muito melhor (e ficamos mais felizes), quando recebemos consequências positivas por nossas atitudes. No entanto, lamentavelmente a vida nem sempre nos presenteia e se, nos “comportarmos mal”, como infringir regras de trânsito quando adultos, por exemplo, receberemos multa e sensação de mal-estar. Por esta razão, precisamos ser coerentes, com relação às atitudes de nossos pequenos, uma vez que eles estão formando o padrão de comportamento que utilizarão durante a vida. Uma atitude adequada merece uma atenção especial. 

     Converse com seu pequeno sempre que não concordar com algum tipo de comportamento. Não é necessário fazer isso imediatamente, pois muitas vezes, o motivo de “comportar-se mal” é justamente o de receber a atenção de que está precisando naquele momento. Porém, é importante lembrar que jamais devemos deixar a criança correr o risco de machucar-se ou machucar alguém, nestes momentos em que está tentando comunicar seu sentimento. Se o comportamento “birrento” é agressivo, lembre-se de que importante verificar que esteja segura e, em seguida, permita que se acalme.  Oportunizar que a criança se acalme não significa puni-la, mas proporcionar um momento de afastamento da situação tensa. Quando conversar com a criança sobre o ocorrido, o faça de forma objetiva, sem a necessidade de alongar-se em explicações. O importante é que ela compreenda que não receberá atenção ou que o ambiente não foi alterado (não houve outros ganhos) pelo comportamento inadequado. Paciência e foco, pensando sempre no melhor para o desenvolvimento da criança, mesmo quando mamães e papais estão exaustos: aí está a “receita” para a mudanças positivas.

 

Veja mais sobre alternativas à punição em:

WEBER, L. Eduque com carinho: para pais e filhos. Curitiba: Ed. Juruá, 2007.

 

Tatiana Berta

Psicóloga e Psicoterapeuta Comportamental e Cognitiva

CRP  (06/93349)

Fone: (11) 98254.6237

Atendimentos em São Paulo: Rua Vergueiro, 2045/cj.1110 (Metrô Ana Rosa, ao lado do Colégio Etapa)

O conteúdo do artigo é  informativo e não substitui a consulta com um Psicólogo.


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